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E eu penso assim...

 

Tantas vezes me pergunto a mim mesmo:

"-Mas, quem és tu"? "O que andas aqui a fazer"? "Porque razão envelheces e, posteriormente, morres"? "Porque razão, vieste aqui parar a este planeta"? "Cumprir alguma missão, ou, simplesmente, "encher pneus"? Mas, sinceramente, não obtenho resposta de ninguém, que me possa, enfim,  esclarecer, definitivamente essa gigantesca curiosidade.  "Quem sou eu? Quem somos nós"?

"Rebobino" o meu passado e fico perplexo com as recordações que me vêm à memória! Triste ou alegre, o passado é sempre um tempo em que nos reconhecemos, que tem o poder de nos reassegurar, de nos mostrar quem somos e como fomos. Reconhecer o passado e integrar a vida vivida é essencial. Os problemas começam, quando revelamos uma tendência excessiva para recorrer à memória de um tempo que não volta. Alguns especialistas em comportamento, garantem, que estes excessos podem "amputar" em nós uma parte da personalidade, na medida em que se permanecemos ancorados no passado, não avançamos nem desenvolvemos o nosso potencial.

Sermos nós mesmos, parece uma superfluidade de palavras e de expressões. Quem poderíamos ser, a não ser nós próprios? Como poderia eu existir, sendo outro que não eu mesmo? Na verdade, embora seja uma aspiração implícita e universal, nem sempre a nossa verdadeira identidade confere com aquilo que conseguimos ser. Por outras palavras, é frequente existir um abismo de distância, entre o que somos e o que parecemos. O pior é que nos enganamos com muita facilidade e chegamos a acreditar que somos mesmo aquilo que parecemos.

Dúvidas como "Quem sou eu"? "Quem escolhe por mim"? "Quais são os meus verdadeiros valores"? "Afasto-me ou aproximo-me de mim, de cada vez que recuso uma oportunidade ou passo por uma "experiência"?

Levantam-se a cada passo importante que damos.

Por um lado, salvo melhor opinião, ainda bem que estas questões se põem, pois revelam uma necessidade absoluta de um conhecimento interior e uma enorme vontade de crescer, trazendo-nos uma inquietação permanente que pode traduzir-se em "paralisia".

É que sempre que alguém sofre, pelo excesso de dúvidas quanto à sua natureza, e ao sentido das suas opções, corre o risco de ficar parado. De não evoluir e cristalizar na incerteza permanente. De se conhecer cada vez menos.

E Hoje...vou parar de pensar!!

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